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Críticas do advogado de defesa do ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, em relação à atuação do Ministério Público

Durante as suas considerações finais no tribunal em Lisboa, Ricardo Sá Fernandes comparou a acusação a uma "galinha moribunda" que o procurador vê como um "cisne branco a voar".


As críticas do advogado de defesa do ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, em relação à atuação do Ministério Público no Caso EDP, trouxeram à tona uma analogia peculiar. Durante as suas considerações finais no tribunal em Lisboa, Ricardo Sá Fernandes comparou a acusação a uma "galinha moribunda" que o procurador vê como um "cisne branco a voar".

De forma assertiva, o mandatário de Manuel Pinho expressou a sua convicção moral de que o antigo governante não está envolvido em atos de corrupção, baseando tal afirmação no seu profundo conhecimento e análise do processo. Num tom firme, o advogado destacou que a acusação em questão carece de solidez e apelou à necessidade de a enterrar, apontando para a busca de um bode expiatório que não corresponde à realidade dos factos apresentados.

Ricardo Sá Fernandes enfatizou a existência do problema de corrupção em Portugal, salientando a importância de combatê-lo, mas ressaltou veementemente que o seu cliente não deve ser considerado um fator nesse duelo. Contrariando as alegações do Ministério Público, o advogado sublinhou a presença de uma possível corrupção no Caso EDP, destacando o papel da Odebrecht e referindo-se a um enigmático "Príncipe" ainda por identificar.

Além disso, o advogado criticou os argumentos do procurador Rui Batista, que, segundo as suas palavras, parecem assentar numa lógica unidimensional que justifica cada facto como resultado direto de corrupção, sem considerar outras explicações plausíveis. Neste cabo-de-guerra legal, a defesa de Manuel Pinho manteve a sua postura, refutando a existência de qualquer ato ilícito por parte do ex-ministro e procurando esclarecer os pontos contenciosos relativos à sua atuação.

As alegações finais prosseguirão nas próximas sessões, com novos desenvolvimentos esperados. O Caso EDP continua a ser um foco de escrutínio, com o ex-ministro da Economia em prisão domiciliária desde dezembro de 2021, num processo que aborda acusações de corrupção passiva, branqueamento e fraude fiscal, enquanto outros envolvidos enfrentam diferentes acusações no mesmo contexto judicial.